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Revisão sistemática encontrou que técnicas de comunicação não melhoraram medidas objetivas de atividade física em idosos

Esta revisão sistemática avaliou se a adição de técnicas de comunicação centradas no paciente durante tratamento fisioterapêutico modificaria medidas objetivas e subjetivas de atividade física em idosos. A revisão incluiu ensaios clínicos randomizados e não-randomizados que investigaram o efeito adicional de técnicas de comunicação ao exercício comparadas ao exercício de modo isolado em medidas de atividade física objetivas e subjetivas em idosos.

Os desfechos foram avaliados após a intervenção e até 12 meses após a intervenção. A escala PEDro foi utilizada para avaliação do risco de viés dos estudos incluídos. Metanálise foi realizada quando ao menos 3 estudos puderam ser agrupados. Ao todo, 12 estudos foram incluídos. Destes, 10 estudos incluíram pessoas com condições musculoesqueléticas; um estudo incluiu pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica e um estudo incluiu pessoas com acidente vascular encefálico.

As medidas objetivas de atividade física incluíram velocidade de marcha, test timed-up-and-go , e força muscular. Medidas subjetivas de atividade físicas incluíram motivação para ser fisicamente ativo, confiança para realizar exercícios, e minutos por dia em que a pessoa foi fisicamente ativa. A frequência das intervenções variou de uma vez por semana a diária. A duração do tratamento variou de 5 dias a 9 meses. Diferentes intervenções baseadas em teorias de mudança de comportamento foram utilizadas como técnicas de comunicação, incluindo suporte social, generalização do comportamento alvo e planejamento de objetivos. Em geral, as intervenções de comunicação não melhoraram medidas objetivas de atividade física (diferença entre médias padronizada 0,05; IC95% -0,10 a 0,20), mas melhoraram medidas subjetivas de atividade física (diferença entre médias padronizada 0,19; IC95% 0,07 a 0,31) ao final da intervenção. Técnicas de comunicação não melhoraram medidas objetivas de atividade física (diferença entre médias padronizada 0; IC95% -0,22 a 0,21), mas melhoraram medidas subjetivas de atividade física (diferença entre médias padronizada 0,24; IC95% 0,05 a 0,44). Em uma análise de subgrupos por intervenção, não houve evidência de efeito de intervenções baseadas em suport social em medidas objetivas (diferença entre médias padronizada -0,02; IC95% 0,24 a 0,20). Técnicas de generalização do comportamento alvo melhoraram medidas subjetivas de atividade física (diferença entre médias padronizada 0,34; IC95% 0,05 a 0,63). A adição de técnicas de comunicação baseadas em técnicas de mudança à prática de exercícios fisioterapêuticos em idosos melhorou medidas subjetivas de atividade física, mas não modificou medidas objetivas de atividade física quando comparadas a exercício isolado.

Lakke S, et al. The added value of therapist communication on the effect of physical therapy treatment in older adults; a systematic review and meta-analysis. Patient Educ Couns 2019;102(2):253-65

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